sexta-feira, 28 de julho de 2017
sábado, 22 de julho de 2017
terça-feira, 18 de julho de 2017
La Cita Encendida - Mikel Alvira, Rosa Puente e Renata Carneiro
La Cita Encendida nasce de um processo criativo concebido,
desenvolvido e encimado por três artistas, Renata Carneiro, Rosa Puente e Mikel
Alvira.
O resultado deste
processo apresenta-se em peças autónomas que, mediante o diálogo estilístico e
conceptual que mantêm entre si, geram uma composição coerente, harmoniosa e
inspiradora.
Emanada pela inquietude
dos três, La Cita Encendida é fruto de um percurso que se inicia em Madrid, num
encontro onde a criatividade é encarada como o motor vital da junção dos três
artistas. Cresce então a vontade, a quase necessidade, de criar algo em equipa
a seis mãos, de maneira que o objecto final seja o fruto de um processo de
criação individual reflectindo o colectivo.
Acendem nesta mostra.
Para este projecto, Renata
Carneiro, dá o primeiro passo, que é criar os suportes (tecidos) nos quais
depois se irá intervir. Esta artista portuguesa, conhecida pela sua obra
elegante e delicada, equilibrada e requintada, compõem então uma serie de
figuras no tecido a partir da técnica de cianotipia, autênticas obras
individuais, peças que por si só constroem um universo, o universo estético da
artista. Linhas subtis, motivos florais, geométricos, breves pinceladas
abstractas…
O passo seguinte é o
momento onde o escritor espanhol Mikel Alvira, que assume as rédeas da Cita
Encendida mediante uma intervenção literal nas superfícies das obras de Renata
Carneiro. Versos manuscritos, às vezes palavras soltas, apenas aforismos num
baile gráfico acompanhando os traços da artista. Não importa a informação que apresentam,
não procuram fascinar com o seu conteúdo, apenas pretendem dialogar com a obra
desde à grafia, à tinta e não tanto à história narrada.
Temos então uma colecção
de obras trabalhadas por Renata no Porto e por Mikel em Bilbao. Um trabalho
metódico, reflectido, quase atmosférico mas, ao mesmo tempo, compulsivo e
audaz. Ela sabia que ele manipularia a sua obra; ele sabia que não existia traço
para o arrependimento.
Vários quadros de formato
pequeno, dois livros de artista … e um longo tecido comprido pensado para ser
concebido como uma instalação, emergindo de uma máquina de escrever como uma
onda impertinente que alcança o espectador e que se une ao ícone (a máquina)
com o espaço vital de quem observa.
Por fim chega a vez de
Rosa Puente, polifacetada artista plástica espanhola residente em Paris. Será
aí, na capital francesa que se irá concluir o processo de criação, mediante a
intervenção do tecido de Renata, escritas por Mikel. Formas criadas com linhas,
adereços e intervenções com textura… Todo o imaginário impulsivo e brilhante de
Rosa posto ao serviço de uma exposição que, com o toque de várias mãos, culmina
da melhor forma possível.
Estamos, assim, diante de
uma mostra completa, multidisciplinar, arrojada e, por sua vez, reflectiva. Uma
mostra em que cada artista trouxe a sua visão singular do seu processo
criativo, com as suas ferramentas e com suas perspectivas, mas, sobretudo, com
a liberdade absoluta no momento de manipular cada peça.
Etiquetas:
Biblioteca Almeida Garrett,
Exposições Colectivas
segunda-feira, 17 de julho de 2017
quinta-feira, 6 de julho de 2017
La Cita Encendida
La Cita Encendida nasce de um processo criativo concebido,
desenvolvido e encimado por três artistas, Renata Carneiro, Rosa Puente e Mikel
Alvira.
O resultado deste
processo apresenta-se em peças autónomas que, mediante o diálogo estilístico e
conceptual que mantêm entre si, geram uma composição coerente, harmoniosa e
inspiradora.
Emanada pela inquietude
dos três, La Cita Encendida é fruto de um percurso que se inicia em Madrid, num
encontro onde a criatividade é encarada como o motor vital da junção dos três
artistas. Cresce então a vontade, a quase necessidade, de criar algo em equipa
a seis mãos, de maneira que o objecto final seja o fruto de um processo de
criação individual reflectindo o colectivo.
Acendem nesta mostra.
Para este projecto, Renata
Carneiro, dá o primeiro passo, que é criar os suportes (tecidos) nos quais
depois se irá intervir. Esta artista portuguesa, conhecida pela sua obra
elegante e delicada, equilibrada e requintada, compõem então uma serie de
figuras no tecido a partir da técnica de cianotipia, autênticas obras
individuais, peças que por si só constroem um universo, o universo estético da
artista. Linhas subtis, motivos florais, geométricos, breves pinceladas
abstractas…
O passo seguinte é o
momento onde o escritor espanhol Mikel Alvira, que assume as rédeas da Cita
Encendida mediante uma intervenção literal nas superfícies das obras de Renata
Carneiro. Versos manuscritos, às vezes palavras soltas, apenas aforismos num
baile gráfico acompanhando os traços da artista. Não importa a informação que apresentam,
não procuram fascinar com o seu conteúdo, apenas pretendem dialogar com a obra
desde à grafia, à tinta e não tanto à história narrada.
Temos então uma colecção
de obras trabalhadas por Renata no Porto e por Mikel em Bilbao. Um trabalho
metódico, reflectido, quase atmosférico mas, ao mesmo tempo, compulsivo e
audaz. Ela sabia que ele manipularia a sua obra; ele sabia que não existia traço
para o arrependimento.
Vários quadros de formato
pequeno, dois livros de artista … e um longo tecido comprido pensado para ser
concebido como uma instalação, emergindo de uma máquina de escrever como uma
onda impertinente que alcança o espectador e que se une ao ícone (a máquina)
com o espaço vital de quem observa.
Por fim chega a vez de
Rosa Puente, polifacetada artista plástica espanhola residente em Paris. Será
aí, na capital francesa que se irá concluir o processo de criação, mediante a
intervenção do tecido de Renata, escritas por Mikel. Formas criadas com linhas,
adereços e intervenções com textura… Todo o imaginário impulsivo e brilhante de
Rosa posto ao serviço de uma exposição que, com o toque de várias mãos, culmina
da melhor forma possível.
Estamos, assim, diante de
uma mostra completa, multidisciplinar, arrojada e, por sua vez, reflectiva. Uma
mostra em que cada artista trouxe a sua visão singular do seu processo
criativo, com as suas ferramentas e com suas perspectivas, mas, sobretudo, com
a liberdade absoluta no momento de manipular cada peça.
Etiquetas:
Biblioteca Almeida Garrett,
Exposições Colectivas
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