terça-feira, 18 de julho de 2017

La Cita Encendida - Mikel Alvira, Rosa Puente e Renata Carneiro




























La Cita Encendida nasce de um processo criativo concebido, desenvolvido e encimado por três artistas, Renata Carneiro, Rosa Puente e Mikel Alvira.
O resultado deste processo apresenta-se em peças autónomas que, mediante o diálogo estilístico e conceptual que mantêm entre si, geram uma composição coerente, harmoniosa e inspiradora.

Emanada pela inquietude dos três, La Cita Encendida é fruto de um percurso que se inicia em Madrid, num encontro onde a criatividade é encarada como o motor vital da junção dos três artistas. Cresce então a vontade, a quase necessidade, de criar algo em equipa a seis mãos, de maneira que o objecto final seja o fruto de um processo de criação individual reflectindo o colectivo.


Acendem nesta mostra.

Para este projecto, Renata Carneiro, dá o primeiro passo, que é criar os suportes (tecidos) nos quais depois se irá intervir. Esta artista portuguesa, conhecida pela sua obra elegante e delicada, equilibrada e requintada, compõem então uma serie de figuras no tecido a partir da técnica de cianotipia, autênticas obras individuais, peças que por si só constroem um universo, o universo estético da artista. Linhas subtis, motivos florais, geométricos, breves pinceladas abstractas…


O passo seguinte é o momento onde o escritor espanhol Mikel Alvira, que assume as rédeas da Cita Encendida mediante uma intervenção literal nas superfícies das obras de Renata Carneiro. Versos manuscritos, às vezes palavras soltas, apenas aforismos num baile gráfico acompanhando os traços da artista. Não importa a informação que apresentam, não procuram fascinar com o seu conteúdo, apenas pretendem dialogar com a obra desde à grafia, à tinta e não tanto à história narrada.

Temos então uma colecção de obras trabalhadas por Renata no Porto e por Mikel em Bilbao. Um trabalho metódico, reflectido, quase atmosférico mas, ao mesmo tempo, compulsivo e audaz. Ela sabia que ele manipularia a sua obra; ele sabia que não existia traço para o arrependimento.

Vários quadros de formato pequeno, dois livros de artista … e um longo tecido comprido pensado para ser concebido como uma instalação, emergindo de uma máquina de escrever como uma onda impertinente que alcança o espectador e que se une ao ícone (a máquina) com o espaço vital de quem observa.



Por fim chega a vez de Rosa Puente, polifacetada artista plástica espanhola residente em Paris. Será aí, na capital francesa que se irá concluir o processo de criação, mediante a intervenção do tecido de Renata, escritas por Mikel. Formas criadas com linhas, adereços e intervenções com textura… Todo o imaginário impulsivo e brilhante de Rosa posto ao serviço de uma exposição que, com o toque de várias mãos, culmina da melhor forma possível.



Estamos, assim, diante de uma mostra completa, multidisciplinar, arrojada e, por sua vez, reflectiva. Uma mostra em que cada artista trouxe a sua visão singular do seu processo criativo, com as suas ferramentas e com suas perspectivas, mas, sobretudo, com a liberdade absoluta no momento de manipular cada peça.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

quinta-feira, 6 de julho de 2017

La Cita Encendida




La Cita Encendida nasce de um processo criativo concebido, desenvolvido e encimado por três artistas, Renata Carneiro, Rosa Puente e Mikel Alvira.
O resultado deste processo apresenta-se em peças autónomas que, mediante o diálogo estilístico e conceptual que mantêm entre si, geram uma composição coerente, harmoniosa e inspiradora.

Emanada pela inquietude dos três, La Cita Encendida é fruto de um percurso que se inicia em Madrid, num encontro onde a criatividade é encarada como o motor vital da junção dos três artistas. Cresce então a vontade, a quase necessidade, de criar algo em equipa a seis mãos, de maneira que o objecto final seja o fruto de um processo de criação individual reflectindo o colectivo.


Acendem nesta mostra.

Para este projecto, Renata Carneiro, dá o primeiro passo, que é criar os suportes (tecidos) nos quais depois se irá intervir. Esta artista portuguesa, conhecida pela sua obra elegante e delicada, equilibrada e requintada, compõem então uma serie de figuras no tecido a partir da técnica de cianotipia, autênticas obras individuais, peças que por si só constroem um universo, o universo estético da artista. Linhas subtis, motivos florais, geométricos, breves pinceladas abstractas…


O passo seguinte é o momento onde o escritor espanhol Mikel Alvira, que assume as rédeas da Cita Encendida mediante uma intervenção literal nas superfícies das obras de Renata Carneiro. Versos manuscritos, às vezes palavras soltas, apenas aforismos num baile gráfico acompanhando os traços da artista. Não importa a informação que apresentam, não procuram fascinar com o seu conteúdo, apenas pretendem dialogar com a obra desde à grafia, à tinta e não tanto à história narrada.

Temos então uma colecção de obras trabalhadas por Renata no Porto e por Mikel em Bilbao. Um trabalho metódico, reflectido, quase atmosférico mas, ao mesmo tempo, compulsivo e audaz. Ela sabia que ele manipularia a sua obra; ele sabia que não existia traço para o arrependimento.

Vários quadros de formato pequeno, dois livros de artista … e um longo tecido comprido pensado para ser concebido como uma instalação, emergindo de uma máquina de escrever como uma onda impertinente que alcança o espectador e que se une ao ícone (a máquina) com o espaço vital de quem observa.



Por fim chega a vez de Rosa Puente, polifacetada artista plástica espanhola residente em Paris. Será aí, na capital francesa que se irá concluir o processo de criação, mediante a intervenção do tecido de Renata, escritas por Mikel. Formas criadas com linhas, adereços e intervenções com textura… Todo o imaginário impulsivo e brilhante de Rosa posto ao serviço de uma exposição que, com o toque de várias mãos, culmina da melhor forma possível.


Estamos, assim, diante de uma mostra completa, multidisciplinar, arrojada e, por sua vez, reflectiva. Uma mostra em que cada artista trouxe a sua visão singular do seu processo criativo, com as suas ferramentas e com suas perspectivas, mas, sobretudo, com a liberdade absoluta no momento de manipular cada peça.